segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Simples

Serei simples, porque é só assim, sem complicações, que voamos com os pensamentos, e os meus agora - todos eles - encontram-se permeados por uma paixão intensa, pulsante e voraz, e afortunadamente  correspondida. É a paixão por não saber nem onde e como estaremos daqui 3 anos, ou 3 minutos, mas que estaremos. E vivenciaremos toda a transição que nos leva do agora até lá, encontrando surpresas, desafios e até mesmo impossibilidades que servirão para nos provar apenas que estamos certos, que o verdadeiro ideal da viagem é o que se consegue não quando apenas cumprimos os planos, mas quando chegamos naquele ponto do caminho onde temos conosco tudo aquilo que necessitamos para voltar a planejar e a voar com os pensamentos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Conivência

Por que as vezes me condeno por ser conivente com a desgraça do mundo, e sinto que esta culpa me é algo tão íntimo, sendo que na realidade esta é a desgraça de todos e não só a minha? Fomos desenhados para a grandiosidade, mas perdemos nossa luz em algum canto obscuro do caminho que percorremos. Sinto que embora divinos, tornamo-nos um esboço, uma sombra daquilo que deveríamos ser. Me sinto cansado e impotente ao olhar, descrente e desesperançoso, para o que vocês - forçosamente - conseguiram tornar real, esquecendo-se de suas origens e de seus verdadeiros objetivos; isto me faz renunciar à sua razão e à pertinência, mas não à vida, pois nunca me senti tão necessário em minha estada.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Inquietação

Fico inquieto ao ver que ninguém mais está, perante toda essa coisa de 'vida dos tempos modernos'... Mas de que adianta minha inquietação para o mundo, pois ao que me parece, ninguém mais está disposto a sair da inércia, do conforto, da mesmice... Sacrificar-se? Hoje, nosso sacrifício não visa quebrar os preceitos que nos atam, mas o oposto: sacrificamo-nos em prol da manutenção deste molde ao redor dos nossos corpos diariamente...

...pois ele nos traz proteção, segurança e garantias...

Proteção contra os acidentes da libertação.

Segurança de ter seu nosso caminho já preparado.

Garantias de submissão gratuita.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Espiritualidade

Nascemos.

Vivemos.

Morremos.

Essa é a 'ordem das coisas'. Algumas pessoas, literalmente, apenas nascem, 'vivem', e finalmente morrem, sem nada acrescentar a si mesmas, e sem nada contribuir ao mundo. Pergunto-me se sou eu apenas, que sou extremamente afortunado, ou se são algumas pessoas, que são abominavelmente infelizes em nao saberem o que significa essa nossa jornada. Acredito que no final das contas, quem possui esse 'esclarecimento' deve iluminar o caminho dos pobres incautos desavisados da vida e do que ela realmente significa.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mundanismo

Diga-se de passagem: sou muito desorganizado, ou o tempo do mundo é diferente do meu tempo, e as vezes o mundo não me acompanha. As vezes ele sequer me entende. Quiçá futuramente tormar-me-ei mundano, ou o mundo, tornar-se-a mágico.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pra você, em segredo.


És a parte mais bonita do meu mundo - este lugar onde escolhi viver adorando a ti, mulher amada - e nele habitas, como única e soberana deusa, causa e consequência de todas as coisas.


Cotidiano Irritante

Ah! Uma noite de descanso após um outro dia de trabalho. O cotidiano se repete. As mesmas surpresas, previsíveis, normais, chatas. Alguns me dizem 'podia ter sido pior', 'agradeça por poder viver mais um dia', ou 'por as coisas estarem bem'... Ok, agradecemos.


Novamente.


De novo.


E outra vez...


E...?


Sim, novamente...


...continue.


O cotidiano se repete. Os agradecimentos se tornam ecos de dias passados no nosso presente.


E então? O que será que existe que nos faz assim, tão 'inertes', à deriva em um oceano de acontecimentos e oportunidades? Algo em nós existe, que nos faz sentir conforto, talvez satisfação, em 'vivermos no nosso normal'. E o que é viver em nosso normal?

R: Deixar nosso cotidiano se repetir...

...e a cada dia fico mais certo de que as pessoas precisam disso, mais e mais a cada novo dia. Onde está a nossa sábia criatividade, que por vezes deixamos encostada, empoeirada em um canto longínquo e escuro do ser?

R: Ela talvez esteja mesmo, encostada e empoeirada. Talvez, esquecida, ou mesmo morta.

O que é que executa tamanha atrocidade?

R: Todo um sistema que já está estabelecido, e a muitos e muitos anos se mantêm como a 'verdade que se impõe diante de nossas retinas', TODO DIA.

Será mesmo que eles conseguem, fazer-nos trocar nosss sonhos - digo, vontades - por um punhado de dinheiro no final do mês, proporcionando-nos a errônea sensação de 'liberdade' e pertinência em um lugar cada vez mais inóspito e frio?

O que é que acontece, bem lá no fundo?

O que nos faz acreditar que temos que viver conforme eles dizem? E mais, o que nos faz acreditar que o que eles dizem é a verdade do mundo?

(caso não saibas quem são eles, talvez não estejas pronto para entender e então refletir sobre as palavras acima)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Contra-contra cultura

Certa vez encontrei um vídeo no YouTube que achei muito bom, sobre a maneira como a nossa cultura atual se expande e se 'recicla' (compelmentando minha Declaração de Maldizer)



Como o próprio autor do vídeo nos diz, o problema não é a existência desse tipo de 'entretenimento' (ou como um amigo costuma dizer, 'música ruim pra quem não tem bom senso', pois na nossa espécie, graças ao 'livre arbítrio', sempre existirão esses seres, abissais do intelecto e bom senso) mas a força que a mídia 'de grande porte' (ou Mídia do Mainstream) provê para que ele acabe se tornando 'muito mais veiculado do que deveria ser naturalmente' (lendo nas entrelinhas: 'o que é RUIM não deveria ser - naturalmente - veículado' ou 'naturalmente, o que é ruim não tem força própria para se veicular').

Reflita.

(Créditos: vídeo assistido em www.ecocidio.com.br - autor: Reinaldo Antonelli)

sábado, 7 de agosto de 2010

Declaração de Maldizer

Aqui declamo meu mais profundo desprezo por ti,
engodo existencial, réplica vazia da vida.
Faça-te verdade, alimenta teu vicio,
torna-te mais forte através das gerações
e das mentes vazias e enegrecidas pela ignorância
que te enaltecem e veneram.
Condicione e estimule tua própria existência,
e cumpra os objetivos para os quais criada foste,
deusa da luxúria, da vulgaridade, da banalidade e da probeza de espírito.

Sejas como quiser!
Transforma-te na nova tendência
reciclando as mesmices de teu passado,
para que possa desfilar vestindo tuas recicladas mentiras
em uma passarela ilustrada com os rostos dos teus fiéis e incautos servos!
És sagaz, famigerada e obcessiva, ó desgraça humana
que se sustenta do sangue derramado dos preceitos da Ética e da Moral,
há muito abandonados e trucidados por ti, espírito mundano.

Iluda o ser, desvirtue a beleza!
Toda criatura mundana urge por tua mágica, ó deusa!
Quiçá algum dia penetre
nas mentes dos que como esta, te maldiz,
E então corroa até as últimas fibras do ser,
viciando o que restava de bom, puro e bonito no mundo.
Logo, serás eterna, ó impiedosa deusa
forjada pela idiocracia soberana do mundo!
Tapando os olhos e alimentando-os com tuas sedutoras idéias...
tuas mentiras de hoje; verdade do mundo amanhã.